Nei Duclós
Sinto medo do amor, jogo de luzes
que leva teus bens, arca de breu
flores confusas em vaso de nuvem
presentes inúteis, roupas sem uso
Pura solidão, coração que tortura
Perda que nunca refaz o caminho
Muda sua vida ou joga no fundo?
Ramo de espinho em som submisso
Tremo de dor quando te aproximas
pois sei que esse abraço acha seu fim
no rastro que deixo na dobra do corpo
Eu erro por vício, sem haver sintonia
entre tua glória e o meu desconforto
na sombra do lado onde vivo sozinho
RETORNO – Imagem desta edição: Rita Hayworth.