Nei Duclós
Não lembro deste corpo de vidro
Que quebra ao primeiro vento
Este poema partido
Em trens de longo trajeto
Não lembro de ter esquecido
O momento mais ferido
Herança no eterno presente
A pulsar como um espinho
Sou o que fica para sempre
Pastor de estranho rebanho
Na montanha bebo a água
Que forma o esquecimento
Nei Duclós