Nei Duclós
De tudo o que é humano faço parte
Do épico ao mundano
Da grandeza e pequenez da espécie
Da sua História e esquecimento
Não que eu sirva de síntese ou exemplo
E queira provar o que não tenho
Ou exibir humildade para posar de estátua
Ou fazer caridade para divulgar meu gesto
Mas por ser datado e fruto do esforço
De manter-me à tona em precário barco
E desafiar o oceano com as lições que aprendo
Nas ilhas do meu destino escasso
Por ser o último dos moicanos
O que fica na aldeia por estar caído
Pela mulher que não parte com a tribo
E aguarda, exausta, bela
O amor que tarda em meu coração de palha
Nei Duclós