Para fechar o ano, vamos destacar o que mais nos irritou. Foi muita coisa e foram muitos, mas tentarei fazer uma síntese para não cansar os amigos leitores.
O pior escritor: Carlos Heitor Cony, que arrancou um milhão e quatrocentos mil reais de indenização por ter sido perseguido (?) pela ditadura. Cony trabalhou décadas na Manchete, porta-voz do regime de exceção. E escreveu barbaridades sobre Getúlio Vargas e o Rio Grande do Sul em seus livros. Ganhou fácil o troféu.
O pior apresentador de TV: Gilberto Barros, da Band, que ficou cem milhões de horas no ar, o que nos provoca a pergunta: enlouquecerem os donos da Band ou nós é que estamos malucos?
A pior atriz: Marilia Gabriela, personagem de si mesma, que aparece em dose dupla em Senhora do Destino. Boquinha espichada de muxoxo pseudo aristocrático, voz anasalada de feminismo que sai pelo nariz, canastrona maior, merece o abacaxi de ouro.
O pior programa de TV: quase todos da TV aberta (que é a verdadeira TV fechada). Merecem ir para a lata do lixo. Destaque para Casseta & Planeta, Faustão, Hebe, Zorra Total, A praça é nossa, Xuxa e por aí vai.
O Pior livro: Uma Breve História do Mundo, do americano Geoffrey Blainey (Editora Fundamento), que diz que os hominídios nasceram na África e eram QUASE humanos. A raça só ficou humana, claro, quando emigrou para os países gelados de bosta deles.
Pior político: José Dirceu e José Genoíno. Pela arrogância, pela incompetência, pelo obscurantismo, pela traição, pela burrice.
Pior candidato: César Maia, que disse assustar seus netos com as aparições na TV da sua adversária Jandira Feghali.
Pior noticiário de TV: Bom Dia, Imbecil, da Globo, pela postura, pelos sofás, pelas distorções, pelas entrevistas com o poder.
Pior música: Tô nem aí, de Luka. Por se transformar, via publicidade maciça, no hino da indiferença nacional.
Pior revelação musical: Dudu Nobre, por ser tratado com estardalhaço quando não passa de um talento medíocre.
Pior rede de TV: a Bandeirantes, que abriu mão do seu horário nobre para a pregação evangélica e pela presença maciça de Gilberto Barros; o SBT, pelos seus programas horrendos; a Rede TV!, pelas baixarias; a Rede Record, pelos programas de exorcismo; a Rede Globo, por reiterar os papéis sociais de submissão na sociedade de classes e achar que está fazendo denúncia.
Pior revista impressa: Em Revista, da Aner, Associação Nacional dos Editores de Revista. Por ter colocado a foto de Caco Alzugaray dezoito vezes na sua última edição (sendo que a capa é o próprio Caco, de óculos escuros posando de alpinista e olhando para o infinito)
Pior frase : "Por que as minhas três irmãs não viraram prostitutas?" Presidente Lula, o lapidar.
Pior imagem : a dos mortos miseráveis na Ásia arrasada pelo maremoto.
Pior comercial : o da Antártica, com o Bussunda usando a camiseta encolhida e mostrando a pança.
Pior aparição na TV: Vera Fischer em Senhora do Destino, por achar que poderia interpretar o papel de uma mulher gostosa.
Pior passista: as atrizes da Globo cruzando os joelhos e rifando a bunda ao ritmo da bateria em Senhora do Destino.
Pior ator: Marcos Paulo, por achar que arregalando os olhos e olhando de soslaio está interpretando alguma coisa.
Pior novela: Começar de novo, por colocar Marcos Paulo 80% do tempo na tela, por transformar Natalia do Vale numa criatura sem graça e por desperdiçar Werner Schunemann
Pior colunista : inúmeros. Escolha o seu. Tenho uns 15.
Pior dono de jornal: Luis Fernando Levy, por enterrar a Gazeta Mercantil.
Pior entrevistador: Enjôo Soares, por entrevistar sempre a si mesmo.
RETORNO - O Diário da Fonte aceita sugestões para os piores do ano. A escolha é difícil, pela abundância.