A lei seca, que proíbe alguém que sorveu um martini seco de dirigir, e que, se for flagrado, será chamado em todas as mídias de bêbado, multiplica por um bilhão as chances de achaque. Será fácil postar-se na saída de qualquer birosca ou restaurante fino e ir arrecadando, como diria o gerundismo militante. A lei seca faz sentido, estamos em plena época do Al Capone (com o agravante de que nem crime financeiro – muito menos este – mete chefão na cadeia).
Não é o álcool que produz os acidentes de trânsito, é o desespero que leva ao álcool e ao massacre. Não adianta encher o saco com um a lei idiota. De repente, os jornalistas ficam detectando choques fatais em que os culpados todos estavam embriagados. Acabou a cervejada, a happy hour, o vinho no inverno, o quentão na festa. Agora todo mundo bebe guaraná e coca-cola e ninguém mais mata ninguém. Dá licença.
É como impedir que cidadão honesto possua uma arma para sua defesa. O objetivo é arrancar da cidadania que não milita politicamente, a imensa maioria de pessoas de bem, todas as suas oportunidades de sobrevivência no mundo hostil da ditadura financeira e política. Como cuidar dos direitos das pessoas de bem se quem está no comando é do Mal? O conceito de honestidade foi para as cucuias. Temos o comcertezismo politicamente correto, ou seja, o tucano-petismo ongueiro e melífluo, e não pessoas reais que podem tomar cerveja sem que tenham sido impulsionados para isso pelo marketing.
A inflação, que retirou arroz e feijão da merenda escolar e come a bolsa-esmola pelas beiradas, é o resultado de um governo centrado nos interesses da especulação financeira. Ah, mas a crise é mundial, dirão as justificativas de sempre. O petróleo está a mais de 140 dólares! Os créditos pôdres na economia americana e que sei eu mais. Releiam o noticiário econômico da Era Lula. Crescimento, carteiras assinadas, ascensão social, estabilidade. Então tá. A inflação é o dragão sempre presente na sala, que devora a mobília antes de lamber o tapete da sala sujo de sangue das vítimas que se sucedem.
Viu como sabemos governar, como temos credibilidade, como enxugamos para depois ganhar impulso, como fizemos tudo certo etc? Mas, e a inflação? Carne nas alturas, materiais de construção e tudo mais? Isso passa. O que vale é a grandeza do lulismo triunfante, o cara do terceiro mandato, o que tentou se comparar a Vargas, o que ficou alardeando poços sob o concreto do fundo do mar, enquanto a brutalidade, a miséria, a corrupção grassavam pela nação em farrapos.
A inflação apenas segue o rumo dos donos do mundo, os especuladores e a bandidagem nos negócios. A ditadura financeira, que impõe na indústria do entretenimento e nas mídias em geral o vazio do eterno presente (a cantora com cocô de vaca na cabeça que aos 20 anos já está morrendo de overdose) é quem produz o desespero. A falta de perspectivas, a falta de hábito de habitar-se com cultura de primeiro time, a sensação de exclusão permanente num mundo que entronizou a barbárie (chamam de concorrência) leva as pessoas ao suicídio no trânsito e na violência em geral.
Tem saída? Claro. E não é vendo “um bom suspense”, como disse atorzinho global no sábado, ou lendo “um bom livro”, como se costuma dizer. Ou você mergulha na arte e na cultura para se transformar radicalmente nela, ou você vê algum sentido na sintonia fina com grandes autores, ou você parte para uma vida plena de luz e encantamento, ou você se decide pelo bem que traz dentro de si, ou você não se deixa enganar pelas armadilhas dos aproveitadores, que sugam espíritos em época de terror, ou você reage, se insurge, se expressa com todas as letras, ou você tem a coragem de estar vivo, ou então você paga o pedágio na hora de sair do restaurante ou do bar.
Não é o álcool que produz os acidentes de trânsito, é o desespero que leva ao álcool e ao massacre. Não adianta encher o saco com um a lei idiota. De repente, os jornalistas ficam detectando choques fatais em que os culpados todos estavam embriagados. Acabou a cervejada, a happy hour, o vinho no inverno, o quentão na festa. Agora todo mundo bebe guaraná e coca-cola e ninguém mais mata ninguém. Dá licença.
É como impedir que cidadão honesto possua uma arma para sua defesa. O objetivo é arrancar da cidadania que não milita politicamente, a imensa maioria de pessoas de bem, todas as suas oportunidades de sobrevivência no mundo hostil da ditadura financeira e política. Como cuidar dos direitos das pessoas de bem se quem está no comando é do Mal? O conceito de honestidade foi para as cucuias. Temos o comcertezismo politicamente correto, ou seja, o tucano-petismo ongueiro e melífluo, e não pessoas reais que podem tomar cerveja sem que tenham sido impulsionados para isso pelo marketing.
A inflação, que retirou arroz e feijão da merenda escolar e come a bolsa-esmola pelas beiradas, é o resultado de um governo centrado nos interesses da especulação financeira. Ah, mas a crise é mundial, dirão as justificativas de sempre. O petróleo está a mais de 140 dólares! Os créditos pôdres na economia americana e que sei eu mais. Releiam o noticiário econômico da Era Lula. Crescimento, carteiras assinadas, ascensão social, estabilidade. Então tá. A inflação é o dragão sempre presente na sala, que devora a mobília antes de lamber o tapete da sala sujo de sangue das vítimas que se sucedem.
Viu como sabemos governar, como temos credibilidade, como enxugamos para depois ganhar impulso, como fizemos tudo certo etc? Mas, e a inflação? Carne nas alturas, materiais de construção e tudo mais? Isso passa. O que vale é a grandeza do lulismo triunfante, o cara do terceiro mandato, o que tentou se comparar a Vargas, o que ficou alardeando poços sob o concreto do fundo do mar, enquanto a brutalidade, a miséria, a corrupção grassavam pela nação em farrapos.
A inflação apenas segue o rumo dos donos do mundo, os especuladores e a bandidagem nos negócios. A ditadura financeira, que impõe na indústria do entretenimento e nas mídias em geral o vazio do eterno presente (a cantora com cocô de vaca na cabeça que aos 20 anos já está morrendo de overdose) é quem produz o desespero. A falta de perspectivas, a falta de hábito de habitar-se com cultura de primeiro time, a sensação de exclusão permanente num mundo que entronizou a barbárie (chamam de concorrência) leva as pessoas ao suicídio no trânsito e na violência em geral.
Tem saída? Claro. E não é vendo “um bom suspense”, como disse atorzinho global no sábado, ou lendo “um bom livro”, como se costuma dizer. Ou você mergulha na arte e na cultura para se transformar radicalmente nela, ou você vê algum sentido na sintonia fina com grandes autores, ou você parte para uma vida plena de luz e encantamento, ou você se decide pelo bem que traz dentro de si, ou você não se deixa enganar pelas armadilhas dos aproveitadores, que sugam espíritos em época de terror, ou você reage, se insurge, se expressa com todas as letras, ou você tem a coragem de estar vivo, ou então você paga o pedágio na hora de sair do restaurante ou do bar.
RETORNO - Imagem de hoje: o chefão é levado preso.