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19 de dezembro de 2011
LIMITE
Nei Duclós
Há um limite para o amor: é no poema
chega uma hora que ele não dá conta
é quando deixas de lado meus rabiscos
e olhas para mim como um estranho
queres saber se sou o que escrevo
digo que não porque assim preservo
o segredo que me sopram os longevos
anjos do verbo imantados em sua lira
Mas a flor não engana o precipício
por mais que tente ser montanha
conheces os meus truques, alpinista
Devo então voltar à minha origem
à forja da oficina que por vício
deixou de obedecer o teu comando
RETORNO – Imagem desta edição: obra de Georgia O'Keeffe
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