Nei Duclós
Ficas no jardim, atrás do muro
passo no assobio, moço marujo
não sou da vila, és a prometida
de um mítico dono de navios
Jamais nos vemos, os passarinhos
alcovitam em vão zumbindo penas
apostam no encontro mais fortuito
da beldade e o pobre pé de chumbo
Até que um dia o lenço em seda pura
que escondia teu drama no gramado
pousa de súbito na gala do uniforme
Estava indo viajar para a Jamaica
no Cisne Branco com meu porte nobre
mas te vi e por teu amor eu pedi baixa