3 de agosto de 2008

MANDIOCÕES SOLTOS NA IRA


Se você proíbe uma massa gigantesca de pessoas de trabalhar, obrigando-as ao ócio e à irresponsabilidade, se você inculca cedo a certeza de que tudo deve ser providenciado para eles, como poderá fazê-las trabalhar depois? Se você proíbe essa massa de cidadãos emergentes de trabalhar honestamente, é claro que o tráfico de drogas, a matança e outras atividades criminosas, vão acenar com uma ocupação e remunerações variadas. Lembro o dia em que meu pai me convocou para atender o balcão de seu empreendimento. Eu tinha 14 anos e fiquei furioso. Achava um despropósito. Pois estava errado. Cedo fui encaminhado para o trabalho, onde estou até hoje, com ou sem emprego.

Cada vez mais cresce o contingente de adolescentes irados e sem ter o que fazer, que ficam fazendo arruaça pelas ruas ou então entram nas casas de dia para roubar. Isso acontece por toda a parte. Estamos cevando o ovo da serpente, que já está explodindo. Como a educação foi sucateada, como não há ensino decente, como não há futuro para quem estuda, como um adolescente não pode prover o seu sustento e ajudar a família a sobreviver, então resta a gandaia, a violência, o buchincho. O que mais irrita são essas senhoras politicamente corretas a reiterar com a voz fanha (o feminismo é fanho) como seria péssimo para o currículo da pessoa ter em sua carteira assinada, antes dos 18 anos, o registro de empregada doméstica.

Currículo? Quem começa varre chão, esfrega barriga no balcão, faz mandados. Esse é o rito de passagem de toda pessoa que começa. Vejam nos Estados Unidos. A criança começa a distribuir jornal, vende suco de limão na porta de casa; aqui, a gurizada faz banco, entra em fila, faz entregas. Que currículo me hablas quando estamos no início da vida profissional? A questão é que essas e esses fanhas e fanhos vivem no bem bom à custa do dinheiro público e estão acostumados a receber verba de mão beijada, sem esforço nenhum. Então querem estender esse “dereito” a todo mundo.

Como são criminosos! O álibi é a exploração do trabalho infantil e juvenil. No lugar de perseguir os bandidos que exploram mão-de-obra escrava dos menores de idade, eles acham que, proibindo todo mundo de trabalhar, estão fazendo justiça. É que dá trabalho ter que ficar em cima dos energúmenos exploradores. Mais fácil é decretar um AI-5, que é o modelo de legislação dessa ditadura sem fim. Decreta a lei para todos e pronto, podem ir para casa esfregar a perseguida nas maçanetas douradas.

Impedem as pessoas de trabalhar, impedem as pessoas de viver! Veja o quanto o país perde deixando solta uma multidão de menores desocupados. Massa de manobra para tudo que é política onguista e politicamente correta. Que vão fazer com esse contingente? Ensinar a bater lata, lutar capoeira e salvar tartarugas? Pois é só isso que sabem fazer. Daqui a 30 ou 40 anos, teremos gigantescas massas de gente batendo lata em tudo o que é lugar. Foi isso o que ensinaram. Quando colocam a criatura a bater lata, no lugar de se ocupar com algo produtivo, estão ensinando a fazer barulho, a incomodar a vizinhança, a sonhar com o impossível (virar um superstar da bateção de lata).

Deixar os mandiocões (pois aos 14 anos o cara já tem há tempos a coisa pronta para a reprodução) soltos na ira contra os outros, que conseguem se ocupar (pois é isso que acontece: se te proibem o privilégio do trabalho, você fica uma fera contra os que vivem à custa do suor do próprio rosto) então estaremos enfim totalmente fritos. Precisamos derrubar essa ditadura. Precisamos tirar os medíocres filhos de uma cadela do poder. Não falo em derrubar governo, mas mudar de regime. Chega de ditadura, chega de tucano-petismo, chega de arrocho. Chega de especulação financeira no comando. Uma ditadura da ciranda financeira é claro que vai contra o mundo do trabalho. Tem lógica!

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