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29 de setembro de 2009
JOVENS PROFESSORES SINDICALISTAS ASSASSINADOS
"MANIFESTO DE REPÚDIO AOS ASSASSINATOS DOS PROFESSORES SINDICALISTAS EM PORTO SEGURO
Mártires
Matar líderes sindicais atuantes, como Álvaro Henrique (foto) e Elisney Pereira, professores determinados que estavam dispostos a enfrentar pressões, é um tiro a queima-roupa na Democracia. E não torna as coisas mais fáceis.
Trata-se de um banho de sangue na Constituição brasileira, que joga a reputação da cidade de Porto Seguro na lama.
E isso no Brasil de Lula e na Bahia de Wagner.
O Estado Democrático de Direito não pode tombar mortalmente nos braços da impunidade.
A sociedade impotente se entrega refém do medo.
Morre também com Álvaro e seu colega Elisney um pedaço de cada um de nós que tem sede de Justiça e de Paz.
Vai para debaixo da terra toda a esperança que eles plantaram em suas trajetórias de luta como educadores e dirigentes sindicais.
E cabe a nós sobreviventes a tarefa de regar os rebentos que porventura surjam dessas sementes, mesmo que alguns desistam, ainda assim é preciso regar de novo o sonho de um mundo justo e pacífico.
Mataram Álvaro e Elisney covardemente, numa emboscada, ato brutal e repugnante.
Mas a impunidade não pode prevalecer. Temos a obrigação moral de resistir e seguir em frente, em respeito a honra dos professores mártires dessa história.
Devemos e podemos reerguer o Estado Democrático de Direito, convocar a sociedade para saber quem está do lado de quem. As entidades constituídas precisam dar as mãos e formar uma corrente capaz de enfrentar a realidade.
Precisamos cobrar das autoridades que encontrem os verdadeiros culpados e que eles sejam punidos.
Que Álvaro e Elisney vivam para sempre em nossos corações e mentes.
Geraldinho Alves
REDE IMPRENSA LIVRE – BLOG E JORNAL
APLB - EUNÁPOLIS / PORTO SEGURO
CREA - BAHIA/ INSPETORIA DE EUNÁPOLIS
ASSOCIENGE - ASSOCIAÇÃO REGIONAL DOS ARQUITETOS E ENGENHEIROS DE EUNÁPOLIS
SINTERP (SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS DE RÁDIO E PUBLICIDADE)
CDL (CÂMARA DOS DIRIGENTES LOJISTAS) DE PORTO SEGURO
SITE POPULAR
RÁDIO 98 FM"
Deu no Jornal Imprensa livre
"Dor e revolta em Porto Seguro
POPULAÇÃO CHORA A MORTE DOS DOIS PROFESSORES SINDICALISTAS ASSASSINADOS
"Uma forte comoção tomou conta de milhares de pessoas no dia 24 de setembro, em Porto Seguro, durante o velório do corpo do professor Álvaro Henrique, 28 anos, que era presidente da APLB - Sindicato dos professores - e liderava uma greve da categoria no município. Ele tinha afirmado que a Educação municipal era a pior do estado e estava uma bagunça. Também fez denúncias envolvendo a prefeitura local e a gestão anterior da entidade que presidia.
A greve foi iniciada no dia 16. No dia seguinte três homens atraíram Álvaro para uma emboscada. Ele estava em companhia do professor e secretário da APLB, Elisnei Pereira, que também foi assassinado. O professor Álvaro assumiu a direção da APLB em junho deste ano. Ainda na véspera do atentado, ele afirmou à imprensa que a greve era por causa do descaso do Executivo com a Educação. Disse que proposta do governo municipal foi de 0% para reajuste salarial da categoria. A Secretaria de Segurança Pública do Estado nomeou quatro investigadores especiais para cuidar do caso, que está sob sigilo.
O professores sindicalistas da APLB foram atingidos por vários tiros disparados por três pessoas no dia 17 , numa emboscada feita na zona rural de Porto Seguro, conhecida como Roça do Povo.
O governo municipal publicou Nota Oficial, dia 18, declarando que era saudável o processo de negociação com os professores, fato que é desmentido pelo próprio Álvaro, na entrevista que deu à rádio 88 FM, dois dias antes de sofrer o atentado. Uma atitude considerada por muitos como erro político foi o governo municipal ter marcado uma coletiva de imprensa, reunindo autoridades locais, para o mesmo horário do velório e do enterro do professor Elisnei Pereira, no dia 18.
No dia 24, quando o corpo do professor Álvaro chegou em Porto Seguro, um fato revoltou ainda mais os professores, a negativa do Corpo de Bombeiros em ceder o carro para o cortejo fúnebre. A negativa criou um clima muito ruim entre as pessoas que estavam organizando o cortejo."
RETORNO - O manifesto (primeiro texto) foi publicado no blog Imprensa Livre.
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