Nei Duclós
Ah que linda lua na manhã de domingo
de cara para o Leste, bóia do infinito
lava o azul do céu, caixa de brincos
solta no caminho, sonho muito acima
Túnica de fada, brilho de madrinha
jóia do milagre que pronto se anuncia
navio concentrado em vocação de cheia
vento súbito que assombra a peregrina
Vinhas para mim, espanto e confraria
palavra ainda rude a procurar perfumes
provocas ruído com teus passos úmidos
Eras a lua, meu presente imerecido
contra o vazio nas terras em conflito
misto de oração e gozo em queda livre