Nei Duclós
Por que se vive, gaudério?
Mistério não tem resposta
Vir ao mundo é o que basta
Não nascer é a morte certa
Esse final que antecede
Nosso viver tão escasso
É o susto antes do parto
Que a memória carrega
Levamos isso nas costas
O medo ancestral do nada
Não dispor de corpo ou alma
Morrer sem chegar a hora
O berço é uma desforra
Contra o destino madrasto
Quando sorvemos num trago
Tudo o que a vida comporta
Nenhum avesso nos leva
Para o limbo que nos gera
E nem assusta a passagem
Que um dia nos espera
Pois se um rebanho se solta
Como revanche na guerra
Não há tropeiro a galope
Que impeça a força do berro
Por que se vive, gaudério?
Pergunto só pelo hábito
A resposta está na roda
Para deixar de ser gado
Por que se vive, gaudério?
Mistério não tem resposta
Vir ao mundo é o que basta
Não nascer é a morte certa
Esse final que antecede
Nosso viver tão escasso
É o susto antes do parto
Que a memória carrega
Levamos isso nas costas
O medo ancestral do nada
Não dispor de corpo ou alma
Morrer sem chegar a hora
O berço é uma desforra
Contra o destino madrasto
Quando sorvemos num trago
Tudo o que a vida comporta
Nenhum avesso nos leva
Para o limbo que nos gera
E nem assusta a passagem
Que um dia nos espera
Pois se um rebanho se solta
Como revanche na guerra
Não há tropeiro a galope
Que impeça a força do berro
Por que se vive, gaudério?
Pergunto só pelo hábito
A resposta está na roda
Para deixar de ser gado
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