Não gosto quando a semana avança
e se dirige ao fim, que é o seu início
Não atinge o limite, escrito no muro
a não ser como obra da espiral espúria
Não há clima se o apogeu, domingo
é apenas a véspera e parte da rotina
Falta grandeza na repetição da sina
o perigo é a guerra vir em seu socorro
Circulamos cegos no hábito do sonho
sem transcender a concentrada víbora
firmes na arapuca, roemos o vínculo
sem desatá-lo, corridos para o Mesmo
O carrossel se solta quando nasce vida
capaz de romper o fio desencapado
todo cuidado serve para o arrimo
de distrair o dragão, Saturno alado
Montados em corcéis, vemos saída
no ritmo do realejo, sorte sonora
um papel traz a mínima charada
algo que possa habitar o espírito
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