Nei Duclós
Hoje sou antigo
antes tinha tempo
O rosto que servia
não pode ficar pronto
Invento desperdício
na fuga do horizonte
O corpo é alegoria
papel crepom do canto
desfaz-se no convívio
borrão sujo do forro
Cumpri a profecia
parábola e confronto
Hoje estou acima
do que me fez intenso
mãos sem dar um grito
cair fora do cerco
Dispersa é a poesia
amor fora do porto
RETORNO - Imagem desta edição: Sylvia Hoecks.
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