4 de agosto de 2012

AMOR NO ESCURO


Nei Duclós

Não fosse o cinema
que tenho aqui dentro
jamais iluminaria teu rosto
até a exatidão da beleza pura

Sorte que passas despercebida
pelos que confundem com realidade
a percepção crua, sem imaginação,
e ilusória como qualquer outra

Saio ganhando: a mais esplêndida
beldade fica comigo. Feita de linhas,
volumes de luz e sombra sob a Lua

Na escada que o soneto pontua,
sem querer, diante do que és de fato
subo até o extremo, amor no escuro


RETORNO – Imagem desta edição: Rooney Mara.