O mar engoliu a lua
Guardou-a a sete chaves
Não permite mais soltura
Agora é sua propriedade
Reclamo do latifúndio
Quero meu naco de lua
Tranquei-a na solitária
Disse o servo de Netuno
De vez em quando flutua
Da sua cela covarde
Um prêmio pela conduta
Não some no fim da tarde
Ela reveza por turnos
O mecanismo das fases
Falta a Cheia, o plenilúnio
Que continua nas grades
Estrelas inconsoláveis
Imploram misericórdia
Devolva em poças da rua
Que a chuva chorou saudade
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