Nei Duclós
A musa migra, como a lua
Às vezes suja, outra hora pura
Cresce depois de nova, cai após a cheia
Volta diversa a cada semana
Não dá conta de tanto verso, a pitonisa
Cansa de escoltar a nuvem, ronda de rua
Em cada bar que fecha
a embocadura escapa
da mão da poesia
Musa é teimosia
Acorda a solidão na noite alta
Salta num rompante ao meio dia
Escreve na sarjeta, sopra confusa
A palavra em fuga é o seu domínio
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