Nei Duclós
Desapeguei, para não ir junto
Permaneci preso no porto
Foste ao mar sem meu apoio
Gávea de sal, longo mergulho
Fora de ti és horizonte
Memória jamais nos faz justiça
Nada que fiz tem um sentido
O que não vês é o meu destino
A dor secou o choro explícito
Se recolheu, íntimo arrulho
Ronca o motor de antigo esturro
Não há valor que se reponha
À imensidão a qual diriges
teu rosto exausto desse enigma
Devolve em luz e não explica
O que a palavra diz ao virar ruína
Nenhum comentário:
Postar um comentário