Nei Duclós
Tudo é mínimo em teus monumentos
alça no ombro, curva de pouca renda
fita de Bonfim nos pulsos,mecha crespa
caindo como violino sobre assombro
Um alfinete segura toda a roupa
que se desmancha se faltar o fôlego
um pingo de suor no latifúndio
o olhar à toa enquanto arfa o peito
Sapato de vidro sob pressão da coxa
que começa no umbigo e não termina
fina espessura na cintura entre fogos
Do início ao fim, apenas incêndio
arrepio que geras com escândalo
deslizas no frio percorrendo a espinha
RETORNO - Imagem desta edição: foto de George Hurrell.