30 de junho de 2018

COURAÇA

Nei Duclós


Mostrei o poema que do frio se abriga
(da indiferença que inaugura escola)
Ele não gostou da ferida exposta
(seu amor, ultrapassada criatura)

Temia o deboche dos vícios da vanguarda
Ou a imitação barata de rimas a galope
O que preferia era a ciência exata
Crua arquitetura de múltipla couraça
Caixa de ressonância de jóias sem grife
Sangue que circula em nós, e isso basta



Nenhum comentário:

Postar um comentário