Tenho vergonha desse ranço literário
Mofo que sempre veste a moda
E joga com o dinheiro das vitórias
A vaidade pontuada por medalhas
Cabeça posta a prêmio, como os facinoras
Mas sem ninguém que denuncie a presa
Pose de estátua, vida sem virtude
E discursos em ágapes soturnos
Também não curto a glória dos cabeças
A marginália que no fundo quer ser nata
O jugo da vanguarda, o pessimismo besta
Prefiro tuas fotos de casas bem antigas
Tua liberdade de ser o que bem queres
Somos assim, de gesto sem mistério
Ouvimos a lua em cima do Himalia
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