Abasteci a cidade com poemas
Para serem usados no arrabalde
Quando a invasão romper a divisória
Entre a nossa emoção e o desespero
Cada um terá sob o casaco
Os versos que compus malhando ferro
Não serão punhais, não serão revólveres
Mas a dúctil consistência da coragem
A poesia aprenderá com quem batalha
A fazer o pão no fogo da fornalha
Dizer com toda gana a resistência
A braço com o amor, nosso comparsa
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