Nei Duclós
A memória são meus olhos
Só vejo quando me lembro
A carta embaixo da porta
O corpo ainda tremendo
O adeus sem despedida
Oculto em caixa de vime
Onde jaz o meu presente
Devolvido num bilhete
Dizia que não enxergo
O que ela faz na minha frente
Talvez eu veja na ausência
A intensa flor de quem ama
A memoria é quando fecho
meu olhar que pede cama
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