Nei Duclós
Triste é o Tempo
quando fecha a grade
e nos vemos fora
do pátio, na cela
que a surpresa montou
sobre a vértebra
O trágico dança
nos muros da memória
densidade que salta
no lírio da tarde
e o rosto se quebra
no escárnio
Poucas palavras
não fazem uma obra
semeamos pérgulas
na ilha deserta
pasto de unicórnio
no porão da página
Perco os sentidos
no abrir da cancela
gesto tardio não salva
Mando a mensagem
que a nuvem improvisa
na máscara da névoa
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