Nei Duclós
Celebro o monte, de verde intacto
e o céu que o azul limita de infinito
no verão da ilha de olhar tombado
luz da manhã composta de capricho
Conflito amoroso entre sonho e rota
noto que o tempo dedica-se à surpresa
nem toda dor combina com meu grito
há futuro na lição da mesma posta
Aurora mantém o dom do seu veneno
palavra encomendada no motor do remo
cruzo o Atlântico e aqui me reencontro
O fado ainda é o mesmo, de coração aflito
canto com a nação que neste chão convida
vibro as cordas de uma percepção altiva