Nei DuclósO ódio usa o amor
O bruto emprega a gentileza
Crime em nome da justiça
O medo sorri e cumprimenta
Por isso o império da aparência
Sob o álibi da correção suprema
A essência presa num espelho
Maquiada para cumprir pena
As palavras se perdem na poeira
O leão deixa rastro de cordeiro
nos desertos do eterno presente
É a solidão cevada neste tempo
de sonhos virados pelo avesso
Somos restos de um museu de cera
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