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1 de setembro de 2007
CASABLANCA
Nei Duclós
Só o amor resgata tua essência
dispersa no exílio deste bar.
Só um rosto é capaz da violência
de mudar teus hábitos, e despertar
Paris invadida pelo som de um anjo.
No piano, o passaporte para o dia
submerso no ódio e a morte lenta.
Ela voltou para devolver a vida.
Os tiros não importam: a gabardine
é sempre intacta sob a chuva
Mas recompor-se é uma dor marítima
que afoga também a última chance.
O blefe final é tua vingança
da vida que o amor torna impossível
RETORNO - Mais um poema do livro inédito "Partimos de manhã".
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