19 de outubro de 2020

SELVAGEM

 Nei Duclós 


Sabe se lá o que houve no passado

O Tempo é  cioso em seus guardados

Olhamos com nossa cabeça do presente

E os segredos não se decifram 


O que aconteceu ontem

Ou na tua infância?

Parece que sabes

Mas a criança que não mora mais em ti não te diz a verdade


Mesmo agora, o que está claro?

Inventamos a História por teimosia 

A ciência é  uma fantasia

E a religião uma forma de submissão 

Ao que não entendemos


Tudo mais é soberba

Ilusões de criaturas datadas

E não me aconselhe a ser menos obscuro

Sou o garoto da esquina

Ameaço os que passam

E convido para um jogo de bola


Só sendo selvagem para segurar tanta barra



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