Nei Duclós
Raspei o verso até o osso
ficou exposto o tutano
herança quando fui moço
galope de potro solto
Cortei a carne do acervo
promovi denso alvoroço
e recolhi o que ouço
no couro de tronco oco
Tambores de gritaria
rugidos de fera humana
ventos a mil por hora
ordens presas na garganta
Pedras que atiram longe
em alvos sem importância
estrela que vem do frio
e leva ao mar seu incêndio
Passei a limpo os gemidos
consegui sair a tempo
recitei trilhas de trevos
obedeci porque é cedo
Nenhum comentário:
Postar um comentário