Nei Duclós
Difícil leitura
tua humana ferida
quando memorizo
o barulho do corte
que não cicatriza
Imagino a dor
que me envia convite
compartilho os gritos
ainda vivos
mas embalsamados
Nosso convívio
é a roda viva
de uma chance remota
que nos identifica
em eterno rodízio
Moramos de frente
no espelho da rua
mensageiros atuam
em correios ocultos
de uma briga íntima
Leio teu sonho
feito de barro
nele sopro a atenção
da criação solidária
poder que não possuo
RETORNO - Imagem desta edição: foto de Nei Duclós
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