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31 de maio de 2011
BALANÇO
Nei Duclós
Rabisco amassado em bolso arisco
é semente de poema.
Ele procura terreno baldio
com vestígios de antigo jardim.
Para deixar de rolar
Saldo do dia: alguns tormentos,
parágrafos árduos, dois poemas
e uma vontade de mudança.
Vida em balanço: o riso olha o rosto
na lágrima
Venha, disse o sonho.
Mude de pele por alguns instantes
e entre nessa cidade absurda,
que só existe em gravuras.
Pule o muro da Lua cheia
A fé é a única ponte
quando o chão falta
e a razão tapa os olhos
Sofrimento. Jogo da memória
com a dor que sempre vence
RETORNO - Imagem desta edição: tirei daqui.
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