Guardo o momento longe do presente
Preservo o fruto que ele adoça isento
Para que ouça seu próprio recomeço
E não se perca no parco latifúndio
Da ambição que reduz tudo ao caroço
Carrego-o por um tempo, depois dispenso
Para dar lugar a outro laço do alvoroço
O mundo fica assim mais denso
daquilo que vivemos, mas sem tropeço
Rodeados de vivências libertas
Estaremos sempre prontos, corpos carentes do que virá
Apetite por mais amor, ou suas reservas
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