Recolho-me ao silêncio, único tesouro
Que o mundo perdeu em criminosa obra
Encontrei-o depois de árdua resistência
Estava em mim, num bosque da memória
O fim do barulho coincide com a prece
Gritos do remorso viajaram para fora
A palavra só vinga se houver vitória sobre o habito
Em usá-la no tempo sem moldura própria
Lacônico, prestes a mergulhar na sorte
De ser silente para cerzir a barra
Que se esgarçou de tanta repetir-se em sol
Me concentro dentro do que sou mais forte
Mas estou vazio e a criação espera
Que eu encontre a nota primordial
Levará tempo, talvez depois que a alma
Perder essa grossa camada de retórica
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