A palavra está sempre a serviço de algum ofício
No jornalismo, psicanálise, gestão de equipes
Serve para a noticia, o foro íntimo, a indústria
Só na poesia ela não presta para objetivos
Se basta, como um andarilho sem pouso
Por isso lhe inveja a lua, tão certinha
Em fases repartidas nos horários fixos
Quisera a lua ser só isso
A letra sem artifício
A sonora sílaba
O sentido na pronúncia
Poderia assim livrar-se do romantismo
Que uso para te iludir
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