No linho azul da palavra
Costuras o que te serve
Roupa de verão suave
Jardim com desenho breve
Vivemos à parte, num tempo de mansa espera
Ativos como sementes em busca da primavera
Tens o rosto como em pinturas severas
Que destoam, trigo maduro sobre as pedras
Ao contrário navegamos em águas misteriosas
Os remos nos levam para ilhas desertas
Lá seremos alimento sereno
Para plantas e animais recém libertos
Pois tudo nos concede a poesia
Muito acima do destino prosaico
Ao partir deixaremos estas frestas
Que permitem ao luar conservar sua glória
Nenhum comentário:
Postar um comentário