6 de novembro de 2017

ÂNCORA



Nei Duclós

Âncora no leito para firmar na água
O vento não se prevalece
O navio pensa quando se acalma

Aporta o destino em vela morta
No cais feito de demora
Viveres e água extraídos da pedra
Vomitada por vulcão, dragão ativo

Preciso partir com remos ainda verdes
Colhidos no mato ralo desta ilha
Sopra, Netuno, que o futuro
Não desposa a memória que se esquece


Nenhum comentário:

Postar um comentário