Quando não há saida no círculo da linguagem
E o diálogo flui do soco para a dúvida
E o amargo contraponto é a viagem
Entres seres que de humanos não são nada
E a tristeza se instala como ogro em gruta
E todos falam o idioma do comércio
Da falsa indústria e da falcatrua
Emerge o poema como vulcão extinto
Do fundo do mar, que é seu refúgio
Rugindo a baba da vontade avulsa
A que depende só do braço e da saliva
Para estender um lençol de especiarias
Onde haverá trocas entre criaturas
Que não seja a agressão e a vibora
Porque para isso foi feita a poesia
Entendimento quando o mundo está perdido
Abraço para devolver a vida
Em corpos tão marcados, ilusão confundida com destino
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