Nei Duclós
Estás com sede, mas não pedes água
Não entregas a bandeira do desejo
Recato de princesa, olhar de fogo
Tropeço de amor quando te vejo
Alguma coisa há em teu sossego
uma ansiedade muda, sortilégio
corpo dobrado em vime tenso
rosto crispado diante da surpresa
É tempo de querer, e ainda é cedo
sentimentos opostos num cordão
onde vibra a mansidão da presa
É como a onda antes da emoção
véspera do esparramo pela areia
cultiva cega o impulso da explosão
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