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26 de março de 2012
VISGO
Nei Duclós
Impões o teu silêncio e eu adoeço
fico à mercê do ruído, meu apreço
nada faz sentido quando esqueço
o mel que nos criou bem no começo
Morte da paixão, final de feira
sonho sem perdão, derrota régia
és meu coração e eu um visgo
fora da comunhão com sua deusa
O mal está em mim, que não te deixo
sou incapaz de dizer o que me vence
essa fala que é dor e apenas sangra
As palavras murcharam, meus canteiros
cansaram de esperar a primavera
Volta que eu refaço e então me lembro
RETORNO – Imagem desta edição: Catherine Zeta-Jones.
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