Nei Duclós
De tudo me afastei, filho da tempestade
Obedeci a lei de quem criou o mundo
Varreu-me o vento fora da cidade
Em frente ao mar soltei minhas amarras
Não fui eu quem compôs as profecias
Nem guardei os textos em antigos jarros
Nas grutas do deserto por pastores de cabras
Mas soube desde sempre ser predestinado
A esquecer o mundo perdido na utopia
Para repor a palavra da grave humanidade
A mesma que acordou antes que fosse tarde
Sou o sujeito sem História
Meu alimento é o grão e a pura água
Escute se quiser, ainda há margem
Traga um coração, que está fazendo falta
Nei Duclós
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