Nei Duclós
Não descanso deste ofício que me fez gigante
Deixei de ser pequeno com a força do meu verso
E hoje cruzo o mar dos contemporâneos
Torno raso o traço que riscam no oceano
Dizem que sou louco de tanta soberba
E que me convenço sendo um velho moço
cheio de fumaças na cachola insana
Um Quixote sem escudeiro nem Cervantes
E não um semideus da raça dos atlantes
Mas sou o que vim a ser, monstro
Ou como diz o poeta, impávido colosso
Pegue minha mão, beba desse cálice
Nasci para jogar a terra além de Andrômeda
Nei Duclós
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