Nei Duclós
Longa vida dediquei a outros mares
Achando que era meu o santo sudário
Mas eu nada seria se não fossem os mapas
Os sinais repassados por mãos solidárias
Hoje estou imóvel sem o poder diverso
Que tive em tantos anos de sacerdócio
Sinto o vazio de viver só para si
Como árvore isolada e madeira de calvário
Mas aproximam-se quem foi beneficiado
Perguntam como estou em meu exilio sagrado
Vou bem, digo para não espanta-los
Só dói um pouco quando tento levantar-me
Como fiz com as velas nas tempestades
Nei Duclós
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