Nei Duclós
Onde a arte na rotina?
O amor no gesto repetido
O passo em rodízio
No mesmo espaço do limite
Qual o sentido de acordar
Sempre no mesmo ritmo
Deitar comer, sair para voltar
em seguida
como se estivesse
fugindo
Só que o destino
É este esconderijo
De palavras ditas em tom baixo
Já que perdemos o vício
Do encontro como comício
Eventos de gritos
Arquibancadas em estádios
Hoje vazios
O poema aguarda melhores dias
Cultivando não se sabe o que
Em suas mãos que permanecem frias
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