Nei Duclós
Somos brutos. Teu jardim exige esforço
Nosso amor já foi expulso
Tu com sardas eu com frutos
No pomar de folhas sujas
Os pés estão na miséria
As mãos de barro recrutam
Sementes que não vingaram
Caules de espécies extintas
Somos escravos da chuva
Teu cheiro de madressilva
Vestido para lá de curto
Fecho a cancela da gruta
Forro o telhado de zinco
A tempestade é quem manda
Na cama feita no muque
Em que fechada lambuzas
Meu corpo de cicatrizes
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