Nei Duclós
Sou artista de rua
Passo chapéu entre os gigantes
Em troca de favores: meus poemas
Escritos a carvão pelo subúrbio
Levam na mente
O que criei soprado por um anjo
Depois se perde
O coração é ninho sem aprumo
Não faço malabarismo
Nem recito a palavra, força bruta
Reservo o silêncio feito espuma
No rabisco encardido de uma gruta
Lá durmo
Acordo quando o circo
Devolve à cidade a trapezista
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