Nei Duclós
Aprendi a ler o que a palavra dita
sem a muleta sob a asa da entrelinha
Não que ela seja pão ou apenas queijo
Já que é refeição completa em cada letra
Não procure no chão a pista dos sentidos
Não depende de opinião o fato na medida
Sem especulação ela inaugura a trilha
Palavra é como cão, fareja o inaudível
Enxerga pouco, não por miopia
Mas porque depende do olhar preciso
De quem entende sem enganar o espírito
Ler é a solidão no escuro
Na hora que antecede o novo dia
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