Nei Duclós
Fazer a cama da palavra
seja poema ou narrativa
Gastar o dom que vem de graça
Cuidar da obra que se arruma
como lençol em noite fria
Lá fora a lua
gosta da cena que ilumina
com sua luz eterna e bruta
É o que temos de convívio
na solidão que dá as cartas
Somos completos quando vemos
a tela pronta na moldura
E nossa mão percorre a curva
de uma estátua em barro liso
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