Nei Duclós
É tão pequeno o sonho diante dos fatos
É como um inseto querendo devorar a mata
Ele cresce quando nos achamos eternos
E se achata quando o sonhador morre
Restam então livros empilhados
Algumas roupas baratas que custaram caro
Passagens com datas vencidas
Documentos inúteis
A vida que era comum ficou insuportável
A toda hora vem seu rosto sereno e sábio
A nos perguntar sobre a eternidade
Mas somos terrenos do mais denso barro
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