1 de novembro de 2016

FIM DA ESTAÇÃO



Nei Duclós

Não serves para mim, indiferente
Posso viver sem ti, antipoema
Afaste-se porque já parti

Os gritos migratórios sobre ti
que sobrevoam no fim da estação
anunciam que não sobrevivi

Traímos assim a palavra
tu com a distância, eu com a solidão
o amor é um cão na rua dos mendigos

É um navio sob o céu de espumas
a neblina de quem nunca se importou
É quando o coração fica de castigo


RETORNO - Imagem desta edição: obra de Ivan Konstantinovich Aivazovsky

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