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30 de novembro de 2016

O SONHO



Nei Duclós

É tão pequeno o sonho diante dos fatos
É como um inseto querendo devorar a mata
Ele cresce quando nos achamos eternos
E se achata quando o sonhador morre

Restam então livros empilhados
Algumas roupas baratas que custaram caro
Passagens com datas vencidas
Documentos inúteis

A vida que era comum ficou insuportável
A toda hora vem seu rosto sereno e sábio
A nos perguntar sobre a eternidade
Mas somos terrenos do mais denso barro


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