5 de outubro de 2013

LEITURA


Nei Duclós

Nenhum poema é antigo
Não existe quando escrito
só nasce em cada leitura
...
Dizer para ser esquecido
sótão da literatura
o verso quer ficar vivo

Nenhuma palavra condena
a memória distraída
há amor entre fonemas

meu coração te celebra
no adeus de sol a pino
guardas o lenço vermelho

mandei entregar o mimo
bordado com a açucena
emoção em toda linha

choras o sangue da vinha
borras de sonho teus cílios
partiste a flor no caminho